O cantor e compositor Mano Lima protagonizou na noite de terça-feira, 18, nas dependências do CTG Pealando a Saudade um espetáculo memorável, numa das grandes atrações deste ano do Festival Farroupilha.
Vindo de uma cultura explanada por Ele mesmo como “chucra”, o compositor, ouviu os pedidos musicais cantou e encantou com sua fé e esperança numa sociedade mais justa suas músicas num tom próprio e único.
A força da música do Rio Grande foi um dos destaques enfatizados, pelo artista, que disse estar preocupado com a pouca disseminação do tradicionalismo na grande mídia. Comentou em entrevista a JETV que “apenas 30% do povo do Rio Grande do Sul é gaúcho, o restante hoje é rio-grandense”, para Lima isso contribui para a perda da essência da tradição. “O sul tem que se unir mais, para levar a nossa música gaúcha” completou.
Para definir os Farroupilhas não teve dúvida em exaltar o “brasileirismo dos Farroupilhas, que estavam lutando para que a nossa cultura invada o Brasil, mas não queriam se separar do Brasil”. Segundo contou, “quando os Uruguaios quiseram ajudar o Rio Grande do Sul na guerra a resposta dos Farroupilhas foi a seguinte: “o primeiro uruguaio morto em combate, o sangue será para assinar o tratado entre Rio Grande e Brasil. Essa é uma guerra de irmãos que estrangeiro não pode se meter””.
Após a entrevista o cantor foi recebido pelos rancheiros onde jantou num dos ranchos do CTG. Muito assediado em momento algum deixou de atender os fãs, conquistando definitivamente a confiança e respeito da comunidade tradicionalista do município e região.