A Câmara de Vereadores se reuniu numa Sessão Extraordinária, na manhã desta segunda-feira, 3, para a aprovação do regime de urgência do Decreto Legislativo, que trata do afasta da prefeita Marlene Revers, após denúncia feita por um cidadão comum e acatada pelo legislativo.
Foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (C.P.I.), começando uma investigação sobre supostos superfaturamentos referentes a uma licitação para fornecimento de bolos e salgados.
A Sessão seria realizada ainda na sexta-feira, 31, porém como nem todos os vereadores puderam ser comunicados acabou sendo marcada para hoje.
A defesa da prefeita tentou cancelar a Sessão, acusando o presidente da C.P.I. vereador Ivar Eleutério, tentar fazer um “acerto” para renunciar ao cargo no valor de 500 mil reais. A acusação foi proferida pelo vereador Rodolfo Revers, através de requerimento, sendo protocolado e levado ao conhecimento dos vereadores que por votação não acataram.
“Fizemos o pedido de nulidade dos atos praticados pela comissão processante em razão desta suspensão do vereador Ivar, o plenário rejeitou por 9 a 4 o meu pedido, aí foi colocado em votação o regime de urgência e aprovado, já combinado a Comissão de Constituição e Justiça pra fazer o parecer ainda hoje, pra na Sessão de hoje a noite votar o afastamento da prefeita”. “Se não está sendo atropelado tudo eu não sei o que está acontecendo” desabafou Rodolfo.
O presidente Eleandro ressaltou que “a partir do momento que a Comissão decidiu pelo encaminhamento da denúncia, pela Lei Orgânica, artigo 70 parágrafo único, a prefeita já fica afastada, o que estamos votando aqui é o processo de afastamento que será publicado, isso que estamos deliberando”. Sobre as palavras da defesa de “atropelamento dos fatos”, disse “não ver isso”. “Visto que os vereadores já receberam esse decreto legislativo quarta-feira e quinta-feira da semana passada, todos os vereadores com exceção do Rodolfo, por isso a Sessão foi transferida pra hoje”. “O Decreto Legislativo está sendo votado para que a gente possa cumprir a Lei”.
Não conseguimos falar com o vereador Ivar sobre as acusações, no uso da palavra, Ele negou e chamou de “maldades contra a sua pessoa”. Sobre o contato como ex-vereador Josmar Cavazoto, citado na sessão disse ser amigo do Cavazzoto, “não tenho inimizade com ninguém”. Batendo na mesa de certa forma exaltado, disse que “estão falando no rádio que estamos prendendo a prefeita, estamos apenas no início de uma comissão, quem vai julgar é os senhores aqui, não sou eu”. Sobre vender o mandato ressaltou ser “seu último”, “vou honrar até o fim”. Perguntou (se referindo ao secretário Vitório Revers), “porque que o secretário não vai cuidar as coisas dele?” saindo em defesa de seu sogro Vanir Goin. Sobre as relações com o secretário ou Cavazzoto afirmou que se alguém tiver prova de qualquer relação entre Eles renuncia na hora, “eu rasgo o meu diploma aqui”.
Depois da decisão em favor do regime de urgência tudo leva a crer que a prefeita será afastada.