Aroudo Murá expõe em seu blog destacando as inverdades que podem ser uma tentativa de tumultuar o governo de Ratinho Junior. Exibimos na íntegra seu relato.
O disse-me-disse acentuava sobremaneira a possível substituição de Guto Silva, na Casa Civil, nos primeiros rumores, pelo ex-deputado Renato Adur; depois, mais ao fim da tarde, o nome “mais cotado” já era o de Ortega, secretário de Desenvolvimento Urbano, sob a alegação de sua grande proximidade com o governador, e de quem foi diretor geral na Secretaria de Desenvolvimento Urbano nos tempos de Ratinho Junior.
Os rumores até apontavam possíveis nomes para lugar de Ortega na pasta do DU.
LOCUTORES DA RÁDIO
Entre os argumentos de afiados locutores da rádio corredor do Palácio Iguaçu para a suposta queda de Guto Silva estariam imaginários vetos de familiares do Governador Ratinho Junior (especialmente de seu pai, Ratinho) ao condestável da chamada República de Pato Branco.
Nada confirmado, apenas a eficiência da rádio corredor do Palácio foi mais uma vez comprovada. Dizem que tudo teria começado com nota publicada por conhecida jornalista, veterana profissional e geralmente bem informada e com credibilidade.
No fim da tarde, no entanto, informações oficiais do Palácio Iguaçu colocaram água fria na fervura dos rumores: Guto Silva ficaria, tem toda a confiança do governador.
CORTE DOS COMISSIONADOS
Se há um limite para especulações, aquele que antecedeu os rumores sobre possível queda do chefe da Casa Civil foi ainda mais irresponsável, embora até conquistando a adesão de gente seriamente comprometida com o bem do Estado: dava conta de que “todos os comissionados do Governo serão demitidos hoje, por ordem do governador”.
No caso dessa demissão em massa de comissionados – puro boato, como se constatou depois – as alegações seriam muitas. Uma delas, de que Ratinho Junior estaria pouco contente com a ação da maioria dos detentores de cargos em comissão, cuja ação seria responsável – alegavam as fofocas – “por paralisia de certos setores do Governo”.
ALTOS SALÁRIOS
Um dos argumentos tido como consistentes para justificar a demissão em massa: “há comissionados que detêm altos salários e ótimas posições no aparelho do Estado, e que nele estão desde os tempos do Governo Lerner”.
A bem da verdade, fontes da Assembleia Legislativa admitiram à coluna que os férteis boatos não foram obras exclusivas da Rádio Corredor, onde até podem ter nascido. Mas foram alimentados, dizem, por todo o universo da Praça Salete, no Centro Cívico.