Dentes abertos, quebrados e até escovas de dentes usadas podem favorecer transmissão da Covid-19

Prof. Plácido Menezes também alerta sobre a umidade exalada nas máscaras pelos “respiradores bucais”

farmacia sm - Jornal Expoente do Iguaçu
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Descuidos com a saúde bucal ou até mesmo escovas de dentes usadas ou deixadas em qualquer lugar aumentam a proporção da contaminação por Covid-19.

De acordo com a opinião do cirurgião-dentista Prof. Plácido Menezes, a boca já é uma porta de entrada à transmissão viral. “Dentes abertos ou infeccionados, muito embora o novo coronavírus se aloje nas vias áreas, favorecem a contaminação. Um paciente que tem perda de dente, dente quebrado ou, até mesmo, um respirador bucal, vai exalar mais umidade em uma máscara, o que a torna mais permeável e favorece a entrada do vírus”, adverte ele. 

O especialista em saúde bucal também alerta sobre o uso das escovas de dente. Nas viagens em pousadas e hotéis, ainda que o pessoal da limpeza possa ter feito o trabalho de higienização, não se pode confiar plenamente se o banheiro está livre do vírus, “é preciso ter muito cuidado onde deixamos a nossa escova. O ideal é acomodarmos a escova numa necessaire ou em um estojo particular, mesmo porque a escova é úmida e o vírus necessita de umidade”, sinaliza Menezes.

Para os pacientes que já tiveram a Covid, o professor aconselha que a primeira medida é jogar fora a escova usada para evitar a contaminação de outras pessoas da família, já que as escovas são meios de transmissão.

Outro pormenor que facilita a contaminação são as manias de roer as unhas e colocar as mãos na boca, “é gravíssimo e pode ampliar as chances de uma contaminação em adultos e crianças, uma vez que as mãos podem estar contaminadas com o vírus por tocarem numa maçaneta, numa bancada ou algo similar”, comenta ele.

Por último, os pacientes respiradores bucais apresentam mais predisposição a sangramentos nas gengivas e ao aumento de umidade, o que facilita a infecção por vários tipos de vírus ou bactérias.  “Os respiradores bucais têm a proteção contra os vírus e bactérias diminuída. Todo o agente agressor não encontra defesa pela boca. O nariz tem adenoides onde produzem  linfócitos que agem como um exército de soldados que alertam quando um inimigo entra no organismo”, conclui Menezes.

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