Na região da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, cerca 51% das crianças entre 3 e 17 anos têm acesso à Internet em casa, segundo estudo da Unicef. Isso significa cerca de 77 milhões de crianças podem acessar qualquer tipo de conteúdo, desde informações para aulas na escola até sites falsos usados para roubo de dados e para espalhar vírus.
Embora as novas gerações sejam “nativas digitais”, boas no uso da internet e no acesso às novidades da rede, elas também estão mais sujeitas a ataques cibernéticos. A maioria dos adultos está ciente das ameaças à segurança, como solicitações de amizade de perfis desconhecidos e links maliciosos em anúncios de brindes gratuitos. Mas as crianças podem não perceber os perigos potenciais quando um estranho quer fazer amizade com elas nas redes sociais e acreditam genuinamente na oferta de presentes e benefícios.
Independentemente do motivo, as crianças não nascem pré-programadas com a segurança da internet em mente. Por esse motivo, os pais precisam estar cientes do risco potencial para seu filho, bem como o de suas próprias informações.
Educação é a melhor prevenção
A melhor maneira dos pais protegerem seus filhos e a si mesmos por meio da informação. Por isso, a DigiCert compartilha algumas recomendações a serem levadas em consideração:
· Ensine as crianças: converse com seus filhos sobre as ameaças digitais, as consequências de um vazamento de dados e o perigo de fazer amizades virtuais com desconhecidos.
· Use as configurações de privacidade: explique para eles a importância das configurações de privacidade nas redes sociais e outras plataformas. Mostre como habilitar as configurações e sente-se com eles para fazer isso.
· Atualizações e instalações: oriente seu filho a nunca fazer nenhuma atualização ou instalação de programas sem antes consultar você.
· Usem o computador juntos: peça para seu filho mostrar seus sites, jogos e redes sociais favoritas. Aproveite a oportunidade para exemplificar possíveis golpes de phishing ou outras ameaças.
· Conta de usuário padrão: é uma boa ideia reter os direitos de administrador de seus filhos para limitar o que eles podem fazer e ajudar a diminuir os danos se a conta deles for comprometida.
· Controle parental: ative os controles de pais nos dispositivos móveis de crianças e jovens para impedi-los de entrar em sites maliciosos ou com informações de adultos.
· Deixe o computador perto de você: mantenha o computador da família em uma área de grande movimento da casa como a sala de estar ou a sala da família, para que você possa ocasionalmente verificar o que seu filho está fazendo.
· Ensine-os sobre TLS: Transport Layer Security (TLS) é a tecnologia padrão para proteger uma conexão de internet criptografando dados enviados entre um site e um navegador (ou entre dois servidores). Mostre a seus filhos que esses certificados impedem que hackers vejam ou roubem qualquer informação transferida, incluindo dados pessoais ou financeiros.
· Novos dispositivos: ao dar a seu filho um smartphone ou tablet pela primeira vez, use-o como uma oportunidade de ensino. Mostre como configurar senhas fortes e definir novas regras de quem pode ou não pode baixar aplicativos. Mostre a eles como aplicar a autenticação multifatorial, cujo objetivo é criar uma defesa em camadas de duas ou mais credenciais independentes: o que você sabe (senha), o que você tem (token de segurança) e o que você é (verificação biométrica).