A Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) lançou na sexta-feira, 14, uma Carta Aberta em Defesa do Constitucional Direito a Propriedade. O documento foi endereçado a todos os órgãos de imprensa escrita e falada da região. Você confere o conteúdo da publicação abaixo:
Com apenas 0,2% do território brasileiro, o Oeste do Paraná é um dos maiores celeiros agrícolas do País e do mundo. O trabalho dedicado do produtor rural e a assistência técnica das cooperativas, associados à fertilidade do solo e ao clima favorável, colocam a região entre as de maior produtividade em commodities, como soja e milho, do planeta.
Essa região foi desbravada há cerca de 80 anos e a produção exuberante, hoje a força-motriz da economia regional, resulta da dedicação de milhares de famílias que aqui chegaram provenientes de várias regiões do País. O Oeste, seguindo uma tendência de praticamente todo o Brasil, tem áreas de reserva legal (28% de matas preservadas na região), obedecendo a legislação, produzindo alimentos de forma sustentável e observando rigorosamente orientações sobre a proteção da natureza e de seus recursos.
Cerca de 60% dos R$ 60 bilhões de PIB dos municípios do Oeste vêm da agricultura e pecuária e não temos informações de que aqui, nesse cantinho do Brasil, existam propriedades rurais improdutivas. Mesmo assim, a região acaba de ser surpreendida por uma ameaça do líder do Movimento Sem-Terra, João Pedro Stédile, de que seus comandados do MST promoverão invasões na região.
É bom lembrar o que o MST fez no Sudoeste, na região de Quedas do Iguaçu e Rio Bonito, dizimando áreas imensas de mata virgem e de reflorestamento da Araupel, que agora, diante dos excessos do movimento, anuncia sua saída desse território. É lamentável perceber que produtores rurais, que tanto se doam para o crescimento do País, tenham que viver sob o medo e subjugadas por pessoas que em nada contribuem para o desenvolvimento e para a justiça econômica e social.
Diante do exposto e das ameaças do MST, a Caciopar, entidade que representa 46 associações comerciais e mais de 20 mil empresas formais que geram empregos e desenvolvimento no Oeste do Paraná, encarecidamente pede às autoridades públicas e à Justiça a adoção de alguma medida preventiva que livre a região, e os agricultores, de invasões do Movimento Sem-Terra. A invasão de áreas produtivas afronta a Constituição e enfraquece o regime democrático brasileiro.
O Oeste quer trabalhar, produzir e, com a devida segurança jurídica, seguir contribuindo para o desenvolvimento do Brasil.
Encarecidamente, agradecemos e pedimos providências.
A Carta é assinada pela diretoria da Caciopar.
