É preciso que toda a comunidade médica pressione por uma maior fiscalização com pseudo-profissionais da saúde que colocam em risco a vida dos pacientes, afirma Dr. Samir Coelho, CEO da GRS Defesa Médica, empresa do ramo Médico-Sanitário
O Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica confirmou que o empresário Henrique Chagas faleceu devido a uma “parada cardiorrespiratória” provocada por um “edema pulmonar agudo” após inalar fenol.
Henrique morreu no mês passado após um tratamento de peeling em uma clínica de São Paulo, pela influencer Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker, que foi indiciada por homicídio por dolo eventual pela Polícia Civil. O resultado do exame foi divulgado esta semana será anexado ao inquérito.
Relembre o caso
O empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu no dia 3 de junho deste ano após realizar um “peeling de fenol” em uma clínica estética na zona sul de São Paulo, de propriedade da influencer Natalia Becker, de 29 anos, por R$4.300 reais.
À época o caso foi registrado como “morte suspeita”. De acordo com o namorado da vítima, não foi realizado exame prévio de alergia no empresário.
Após o caso, a Anvisa publicou uma resolução na qual proibia a manipulação, propaganda, importação, fabricação e uso de produtos produzidos à base de fenol, tanto em procedimentos de saúde em geral, quanto na estética.
Pressão por mais fiscalização de pessoas sem formação
De acordo com o o advogado e CEO da GRS – Defesa Médica, empresa do ramo Médico-Sanitário, Dr. Samir Coelho, (foto) o CFM – Conselho Federal de Medicina – precisa fazer pressão junto à classe médica para aumentar a fiscalização de pseudo-profissionais.
“Há algum tempo têm crescido o número de ‘pseudo-profissionais’ da saúde e estética que usam de propaganda para passar credibilidade aos pacientes e realizar procedimentos com qualificação errada ou inexistente, o que, claramente, não deve ser permitido e põe a vida de várias pessoas em risco, como neste caso”.
“O CFM cumpre a sua tarefa em fiscalizar e cobrar a classe médica, mas não tem autoridade para fiscalizar pessoas que não fazem parte diretamente da classe médica, isso cabe ao poder público”.
“Desde quando esse caso, e outros, aconteceram nos últimos meses, a classe médica vem pressionando por uma maior fiscalização desses falsos profissionais para evitar que casos assim ocorram, mas é preciso que o CFM faça coro junto a esses pedidos e reforce a necessidade de fechar o cerco contra essas pessoas e que as autoridades fiscalizem mais”, afirma.
Créditos: Dr. Samir Coelho, GRS - Defesa Médica (MF Press Global) Imagem Ilustrativa (Reprodução/Divulgação
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