O advogado e ex secretário de Cultura de Quedas do Iguaçu (centro sul paranaense), Jair Fontanella, 71, teve sua morte comunicada pela família neste domingo, 13.
Nascido em Tubarão SC, veio ainda jovem morar com seus pais e irmãos em Laranjeiras do Sul (centro Oeste paranaense), foi modelo e colaborador influente na Coca-Cola, porém, nos anos 80, na gestão do então prefeito Rudi Schaedler, assumiu a secretaria de Cultura e Fundação Cultural de Quedas do Iguaçu, onde criou um dos maiores festivais do Sul do Brasil, Gralha da Canção. Fontanella, foi jurado de centenas de festivais. No comando da Rádio Municipal FM, inseriu um novo modelo de fazer rádio na região, com programação voltada a MPB, sobre isso, em recente entrevista a um jornal da região, lembrou: “ninguém consegue gostar do que não ouve”. Foi um dos Fundadores da APAE e do Grupo Folclórico Polonês Jagoda, comandou eventos épicos como os carnavais dos anos 80, foi também fundador (com o saudoso doutor Auri Sanson) do Jornal Tribuna Quedense, hoje Expoente do Iguaçu.
Jair teve seu nome na história quedense marcado como Cidadão Honorário do município em 07/12/1999, Lei n⁰ 050/99, pelos relevantes serviços prestados à comunidade concedido pelo então prefeito Pedro Alzide Giraldi. No mandato passado do prefeito Elcio Jaime da Luz, voltou a secretaria que sempre se identificou, fazendo trabalho exemplar na cultura e na Rádio Municipal FM, transformado novamente a emissora com equipamentos novos e instalações modernas,. Na área da cultura num tempo difícil devido a Pandemia, desenvolveu trabalhos abrangentes para artistas locais com apoio do Centro Cultural.
Segundo familiares Fontanella foi encontrado em sua residência na manhã de domingo, 13, e a provável causa de sua morte seria um enfarto fulminante. Jair morava sozinho e existe a suspeita que tenha falecido na noite de sábado, 12. O velório será na Capela São Sebastião próximo ao Batalhão da PM e o sepultamento acontece na manhã de segunda-feira, 14.
P.S.:
“Quem já passou por esse vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu, por que a vida só se dá quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu, quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não..” Quando Vinicius de Moraes compôs essa majestosa poesia, só podia estar no mais profundo agradecimento a Deus.
Assim viveu Jair, compartilhando sonhos e pesadelos, ajudando muitos e apesar das diversidades que sua própria vida lhe impôs fez por merecer a vida que viveu. Agradecido por tudo!
Descanso eterno amigo!
Marco Antônio Pina.
