Cerca de 25 mil peixes juvenis de duas espécies sob ameaça de extinção serão soltos no dia 13 de novembro em dois pontos dos reservatórios das usinas hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, no Rio Iguaçu (PR). A iniciativa é uma parceria da ENGIE com o Ineo – Instituto Neotropical de Pesquisas Ambientais, vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo. Nessa etapa do projeto serão soltas duas espécies, Rhamdia branneri e Rhamdia voulezi, conhecidas popularmente como Jundiá.
“Repovoar a comunidade de peixes nativos e endêmicos é o principal objetivo do projeto”, diz o gerente Regional do Rio Iguaçu, Leocir Scopel. “Desta forma estamos promovendo a conservação da ictiofauna nos nossos reservatórios”. Além dos benefícios promovidos pelo repovoamento, as solturas são também uma aula na beira do rio, onde são abordados, com os participantes do evento, temas como repovoamento, pesca sustentável e predatória, combate a organismos invasores (mexilhão dourado) e qualidade da água. A iniciativa conta com parcerias de escolas, associações de pesca, prefeituras e associações.
No projeto são trabalhadas cinco espécies ameaçadas de extinção: surubim-do-iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), lambarizão (Astyanax gymnodontus), mandi-pintado (Pimelodus britskii) e os Jundiás (Rhamdia branneri). Todos os indivíduos são oriundos de mães e pais nativos que são capturados nos reservatórios das usinas, tratados em cativeiro e estimulados à reprodução artificial controlada. “Depois da fecundação, as larvas são alimentadas com rações e ali ficam até se tornarem peixes juvenis que são soltos no rio”, explica Anderson Gibathe, técnico ambiental das duas hidrelétricas. Com este porte conseguem ter melhor desenvolvimento e resistência a ataques de predadores.