Com o objetivo de apontar os desafios a serem enfrentados e definir ações para garantir o pleno acesso das crianças e adolescentes às políticas sociais, considerando as diversidades; a Secretaria Municipal de Assistência Social com o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) realizou no Centro de Cultura nesta terça-feira, 13, 11ª Conferência que estão ocorrendo também em todos municípios do Brasil.
Entre as autoridades o juiz e diretor do Fórum de Quedas do Iguaçu (centro sul paranaense), Giovane Rymsza, a Presidente do CMDCA, Joceia Dias, secretário de assistência social, Jacir dos Santos, representante do Projeto Gente, Vanessa Helena Bratkoski.
O tema deste ano “A situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de Pandemia violações e vulnerabilidades, ações necessárias para a reparação e garantia de políticas de proteção integral com respeito a diversidade”, foi comentado na abertura dos trabalhos.
“É muito importante a gente refletir no montante a situação das crianças após termos passado por essa Pandemia, com tanto tempo e o prejuízo não só na educação, mas na saúde e convívio familiar (perdas) tudo isso tem impacto grande na vivência e nos direitos humanos como é a proposta do encontro de hoje”, comentou o Juiz de Direito da Comarca Giovane. Para Ele todas as pessoas presentes na Conferência “estão dispostas a trabalhar pelas crianças e essa reflexão sempre ajuda a todos num maior desempenho em suas funções para atender especialmente as mais vulneráveis distantes do meio da sociedade que as vezes acabem não sendo vistas, tudo isso de forma completa”. Rymsza lembrou que a educação é fundamental, destacando o trabalho de fundamentação nas escolas pra formação das crianças, “não só por ser um direito, mas para formar uma sociedade mais equilibrada e pacífica daqui pra frente” enfatizando uma chamada “rede de proteção“, onde todos trabalham em conjunto minimizando os problemas com menores junto a sociedade.
O secretário Jacir disse que “tem muito a se trabalhar pela mudança da Pandemia”. Ele destacou a Casa Abrigo que acolhe menores em situação de risco e o CAPS fruto da atual gestão que segundo Ele “vem recuperando e salvando muitas vidas”. “Com certeza sairemos com mais conhecimento e aprendizado”.
A presidente do CMDCA, Joceia caracterizou o tema deste ano como “longo, necessário e complexo”. “As crianças e adolescentes são o futuro de uma nação, e se não pensarmos como estão sendo tratadas hoje qual será o futuro?” indagou. “Pode ser que pelo menos uma de nossas propostas aqui elaboradas possa se juntar a de outros municípios do Brasil”. Dias destacou como fator incomum de todas as conferências já que as mesmas ocorrem em todas as cidades do país o investimento. “Noventa e oito milhões de pessoas ficaram retidos durante a Pandemia, as conferências deveriam acontecer cada dois anos e ficou quatro sem abrir esse espaço de discussão e durante esse tempo o governo não olhou com tanto cuidado para essa faixa etária, sendo investimento a grande reivindicação”.
A psicóloga Lucimaira Cabrera de Cascavel-PR ministrou palestra sobre o assunto e classificou a “proteção integral da criança e do adolescente” como objetivo principal. “É sempre muito valoroso poder discutir esses temas, nesses dias importantes pros municípios, porque se cuidamos da criança e do adolescente cuidamos do mundo”.
Na parte da tarde foram escolhidos representantes que estarão em Curitiba para a Conferência Estadual e depois os que irão a Nacional que ocorrerá em novembro de 2023.