O último registro do fenômeno no país foi em 2016. Suas características são provocar seca no Norte/Nordeste e gerar chuvas no Centro-Sul, principalmente e com mais intensidade no Sul do país.
Diante da possibilidade de incidência do El Niño, quais podem ser os impactos para a pecuária? Essa e outras dúvidas são respondidas pelo coordenador técnico da Wolf Sementes, Edson José de Castro Júnior, na entrevista abaixo:
– Em caso de períodos chuvosos fora de época no Rio Grande do Sul, quais os possíveis impactos para a alimentação via forragens para a pecuária?
“Para a região Sul, mais especificamente o Rio Grande do Sul, o fato das chuvas atípicas influenciará na taxa de crescimento das forrageiras tropicais plantadas na região, mas só saberemos se terá impacto positivo após previsões mais acuradas do evento.
Chuvas mesmo que atípicas sempre são muito bem-vindas, mas baixas temperaturas e o certeiro baixo fotoperíodo também ditarão o crescimento das forrageiras como um todo.
Mas é fato: as plantas mais tolerantes as adversidades serão as que vão se destacar neste período.”
– E se for braquiaria híbrida? Quais os impactos?
“A braquiaria híbrida Mavuno se destaca porque estamos vendo alguns trabalhos científicos mostrando que o híbrido tem um diferencial em tolerar adversidades como a seca (evento que aconteceu no oeste do Rio Grande do Sul com longo veranico).
Com a vinda do El Niño, além das chuvas atípicas, poderão vir eventos de frio extremos também, onde ele poderá se destacar nesse mercado.”
– Há mais benefícios do Mavuno nestas condições?
“Dependendo da extremidade do evento climatológico, alguns materiais de forrageiras tropicais perenes podem ou não se destacar. Entre os que destacam está o Mavuno.
Com o acontecimento do evento, caberá aos produtores rurais a busca de cultivares mais tolerantes a adversidades, caso do híbrido Mavuno, que tem se destacado largamente neste mercado, tolerando secas e geadas em diferentes partes do nosso país.”