Meus óculos de grau novos ficaram prontos. E agora?

Sintomas como enjoos, dores de cabeça, tontura e até falta de concentração podem ser comuns na adaptação ao uso do item

Ainda que você já seja um usuário ou usuária de óculos para correção de erros refrativos, como miopia, astigmatismo ou hipermetropia, a fase de adaptação, quando se troca o grau das lentes, ou mesmo se adquire óculos novos, é sempre crucial. Isso porque, mesmo que o item tenha sido feito exatamente de acordo com a receita do oftalmologista, é necessário um tempo para que os olhos se acostumem à nova forma de enxergar. É importante estar atento, pois o uso de lentes produzidas de modo incorreto pode causar danos à saúde da visão, comprometendo as atividades do dia a dia.

“Muita gente não sabe, mas a espessura, os tratamentos e até mesmo o design das lentes podem interferir no processo de adaptação aos óculos novos. Para quem nunca utilizou o acessório, a diferença pode ser ainda mais impactante, já que o grau está em um nível mais alto e os efeitos podem ser sentidos de forma mais intensa”, explica Makoto Ikegame, CEO da Lenscope. Segundo ele, mesmo com sintomas mais brandos, o mesmo acontece com aqueles que possuem miopia e fazem óculos com lentes de baixo índice de refração, já que as lentes podem causar distorções nas bordas dos óculos, causando desconforto. Por isso, é importante ter paciência e observar o processo de adaptação, que é gradual.

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Para se ter uma ideia, os sintomas mais comuns, como enjoos e tonturas, gerados pela mudança brusca na visão, podem durar em torno de sete dias. Já para a adaptação total aos novos óculos, são necessárias até duas semanas. Após esse período, se ainda não foi possível acostumar-se ao uso do item, podem ser diversos os motivos, mas dois deles são os mais comuns: um erro na aferição do grau, podendo ser necessário realizar o exame de refração novamente; ou na montagem das lentes, que podem ter sido produzidas sem a medição correta e precisa da DNP (Distância Naso-Pupilar) – que é a distância das pupilas em relação ao nariz do usuário.

Há dicas gerais que também podem auxiliar no processo de adaptação, com precauções importantes para que os óculos sejam produzidos de modo correto. São elas:

  • Certifique-se de que a receita para os óculos esteja atualizada e tenha sido prescrita por um profissional de saúde, registrado em seu Conselho Regional;
  • Tenha certeza de que sua DNP foi medida de forma precisa;
  • Também é importante verificar se a armação escolhida encaixa corretamente no seu rosto, sem ficar apertada ou caída;
  • Jamais faça óculos novos com a receita antiga;
  • Confira se as lentes que estão sendo adquiridas possuem certificado de autenticidade e garantia;
  • Leve seus óculos novos para conferir se está tudo certo.

“A DNP é a medida em milímetros entre a pupila de cada olho e o centro do nariz, o que determina a centralização das lentes. Caso esse cálculo não seja realizado de modo correto, é praticamente impossível adaptar-se aos óculos, além de ser arriscado ao usuário, já que, nos casos de alta miopia, por exemplo, o erro do centro causa distorções na distância dos objetos”, explica Ikegame.

Ainda que essas dicas sejam seguidas à risca, o executivo recomenda que os óculos novos prontos sejam sempre levados ao oftalmologista, que poderá verificar se a posição e o grau das lentes estão corretos.

Adaptação no caso de astigmatismo

Às pessoas que possuem astigmatismo, o processo de adaptação pode se tornar um pouco mais complexo, já que nesses indivíduos o formato da córnea – camada transparente na frente da íris e da pupila – é similar a uma bola de futebol americano, com o grau de curvatura não uniforme, o que faz com que a luz se propague de forma difusa, com diferentes pontos de foco, atingindo vários eixos da visão.

O indivíduo com alto grau de astigmatismo pode demorar um pouco mais para se adaptar ao uso de óculos novos, com sintomas como dor nos olhos, dores de cabeça, falta de concentração e visão embaçada. Nesses casos, a montagem de lentes de forma precisa, seguindo a orientação correta de eixo, é fundamental para uma visão perfeita e boa adaptação.

“Em todos os casos, se os sintomas aparecem antes ou depois do período necessário para adaptação, e persistirem, é fundamental consultar o oftalmologista para garantir que a função corretiva dos óculos está sendo eficaz e se o grau das lentes está correto”, finaliza.

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