Diabetes é responsável por mais de 28 amputações por dia no Brasil

Diabetes tem entre as principais consequências o pé diabético, que pode ocasionar em amputação. Conheça mais sobre esses dados e entenda os cuidados que podem evitar esta situação

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nfelizmente, a diabetes é uma doença cada vez mais conhecida em nosso cotidiano – o infelizmente não decorre da disseminação de informações, que é importante para a conscientização e a prevenção, mas sim pelo alto número de pessoas que são acometidas por essa enfermidade.

Entre os tantos problemas de saúde que podem decorrer da diabetes, um dos mais conhecidos é o pé diabético. Este, por sua vez, pode levar à amputação. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 28 amputações por dia são realizadas em consequência de complicações da diabetes, o que equivale a mais de 1 amputação por hora.

É fato que a diabetes não decorre apenas de maus hábitos alimentares e escolhas questionáveis na rotina, já que pode haver causas hereditárias, mas esses são dois meios que podem ser percorridos para auxiliar na prevenção e no controle da doença – e, consequentemente, de suas complicações.

Além disso, estar atento aos sinais que o corpo dá é de suma importância para que, caso algo esteja errado, seja possível procurar ajuda médica o quanto antes e, com isso, receber as devidas orientações.

Continue a leitura para entender melhor a origem desses dados, o que é o pé diabético, como diagnosticar, como tratar e quais outras informações eles podem trazer, além de entender quais são os outros caminhos para evitar e controlar a diabetes de modo que mesmo pacientes já diagnosticados possam ter a melhor qualidade de vida possível.

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Dados sobre amputação causada por diabetes

O SUS registrou 6.982 amputações de membros inferiores (pernas e pés) causadas por diabetes entre janeiro e agosto de 2023, o que, na média, dá mais de 28 procedimentos por dia.

Não bastasse o grande número de casos, outra preocupação vem do fato de que este número está aumentando. Em 2022 foram feitas 10.168 amputações, resultando em uma média diária de 27,85. O número total foi 3,9% superior ao total de 2021 (9.781).

Outra informação preocupante é que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabetes já é a principal causa de amputação não traumática em membros inferiores no país. Em paralelo, amputações traumáticas são aquelas que acontecem devido a acidentes de trabalho ou no trânsito, por exemplo – decorrentes de traumas, portanto.

Diabetes exige cuidados em todo o corpo, com destaque para os pés

É sabido que o diabetes pode ocasionar em problemas em todo o corpo, da cabeça aos pés – literalmente, já que costuma prejudicar a visão com o passar do tempo. Porém, o destaque aqui fica para os membros inferiores.

O pé diabético, outro nome para as úlceras nos pés, é um problema grave, cujas consequências podem ser extremamente prejudiciais. Com essa condição, os pés perdem o tato e a sensibilidade, o que significa que torna-se muito mais difícil notar quando há alguma lesão ou ferida nos pés.

Em razão disso, pode acontecer feridas nos pés sem que os pacientes percebam. Tais feridas, se não tratadas, podem ser a porta de entrada para infecções, as quais podem se complicar e, com o passar do tempo, resultar na necessidade de amputações, cujo nível de gravidade pode variar da pontinha do dedo até, em alguns casos, toda a perna.

Se você tem diabetes ou conhece alguém que tenha, vale conferir alguns dos principais cuidados para evitar o agravamento do pé diabético. Confira:

  • Verificar os pés todos os dias, inclusive a sola, para identificar previamente eventuais lesões;
  • Evitar o uso de calcados apertados ou desconfortáveis. Preferir os macios e ergonômicos, preferencialmente sem bico fino ou salto alto;
  • Não usar sapatos novos durante muito tempo em sequência, até que já estejam mais macios (o que popularmente é chamado como “lacear” o calçado);
  • Na medida do possível, não andar descalço para evitar machucar os pés;
  • Não retirar cutículas ou calos dos pés por conta própria;
  • Hidratar os pés, preferencialmente com cremes hidratantes próprios, para evitar rachaduras que podem servir como porta de entrada para infecções.

Qual médico procurar para os tratamentos de diabetes e pé diabético? Quais são os sintomas?

O profissional ideal para fazer o acompanhamento e o tratamento do diabetes é o endocrinologista. Por meio de exames clínicos, é possível identificar alterações no nível de glicemia do sangue e, consequentemente, diagnosticar o diabetes.

A grande questão, porém, é saber quando é hora de procurar um médico, já que por muitas vezes o diabetes é assintomático. Vale ficar de olho em alguns sinais de alerta que não necessariamente significam que a pessoa tenha diabetes, mas podem indicar a doença:

  • Vontade de urinar com mais frequência;
  • Sede excessiva;
  • Sensação de fraqueza em alguns momentos do dia ou da noite;
  • Perda de peso sem explicação;
  • Embaçamento na visão;
  • Demora na cura e cicatrização de feridas;
  • Infecções com frequência, como na pele ou nas gengivas, entre outras;
  • Tontura;
  • Alterações de humor.
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Como tratar a diabetes?

A diabetes não tem cura, mas tem tratamento. De acordo com o tipo de diabetes, o estágio de cada paciente e suas condições de saúde atuais, o tratamento pode ser diferente, com o uso de medicamentos via oral ou, quando necessária, a administração de insulina.

Nada disso, porém, deve ser feito por conta própria. Caso tenha algum dos sintomas citados acima, procure um pouco endocrinologista o quanto antes. Afinal, como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar – mas, se for necessário remediar também, fique tranquilo.

De toda forma, a já conhecida fórmula de atividades físicas constantes e alimentação balanceada continua se aplicando aqui. Quanto à alimentação, inclusive, vale evitar o consumo de açúcar em excesso, vilão já bem conhecido da saúde e nutrição.

Assim como as glândulas de Tyson, que são tratáveis, o diabetes também é. Tome os cuidados necessários e procure por ajuda médica caso tenha alguma suspeita para garantir que, mesmo com a doença, sua qualidade de vida continue bastante alta, o que é perfeitamente possível!

Redação JE por Alan Santana/foto Freepik

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