Neste Dia Mundial da Saúde Digestiva (29), é importante ressaltar que o intestino é muito mais que um tubo por onde os alimentos passam. Por isso, no dia 28 de maio a partir das 19h, a Sociedade Goiana de Gastroenterologia fará a segunda live do mês em seu perfil do Instagram (@sgg_oficial). O presidente da entidade, o médico gastroenterologista Luiz Henrique de Sousa Filho, conversará com os internautas sobre “Dicas de Saúde Gastrointestinal”, dando explicações breves, e respondendo perguntas enviadas pela audiência.
Além das bactérias que formam nossa microbiota intestinal, o intestino também tem neurônios, que, apesar de estarem em menor quantidade, produzem, por exemplo, 90% da serotonina (responsável pela sensação de bem-estar) descarregada pelo corpo e outros mais de 30 mensageiros químicos. Esses mensageiros se comunicam entre cérebro e intestino todos os dias, em mão dupla. A comunicação é feita pelo nervo vago, uma estrutura que passa pelo tórax e liga o sistema gastrointestinal à cabeça. Por isso, em situações de estresse, medo ou ansiedade, sentimos frio na barriga ou vontade de ir ao banheiro.
Por sua grande importância cumprindo funções imunológicas, é preciso que haja um equilíbrio entre as bactérias boas que habitam nossa microbiota intestinal. O desequilibro pode causar doenças inflamatórias como diarréia, intolerância à alimentos (glúten, lactose) e outras doenças relacionadas, como diabetes tipo 2 e distúrbios comportamentais (hiperatividade, autismo, depressão). Para cuidar bem do seu intestino aí vão cinco hábitos para começar agora:
1 – Evitar o consumo de bebida alcoolica e cigarro (eletrônicos também)
O álcool em excesso e o fumo são vilões para a saúde em geral. O consumo excessivo de bebida alcoólica pode causar sangramentos, vômitos e sintomas de refluxo (azia, dores na parte superior do abdome) e outras lesões e inflamações em todo o aparelho digestivo, como esôfago e estômago. Já o cigarro, aumenta as chances de câncer de boca, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto. Além disso, ele contribui para várias doenças, como refluxo gastroesofágico, úlceras e algumas doenças do fígado, entre diversas outras.
2 – Diminuir o consumo de carnes vermelhas e embutidos
Carne vermelha, salsichas, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame são alguns dos alimentos que, quando consumidos em excesso, podem causar doenças e até câncer no sistema digestivo como um todo. O ideal é alternar o consumo de proteínas de origem animal e vegetal.
3 – Beber muita água
A água é vital para a manutenção da saúde dos órgãos e sistemas. Além de ajudar a eliminar toxinas, ela lubrifica as paredes intestinais e contribui para a formação do bolo fecal, garantindo uma passagem livre das fezes até a evacuação. É indicado o consumo mínimo de dois litros de água por dia para hidratar o organismo e auxiliar em todos os processos do corpo.
4 – Aumentar o consumo de fibras e alimentos naturais
Segundo estudo publicado pela revista americana Immunity, as hortaliças brássicas, como brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas e repolho auxiliam no desempenho intestinal e ajudam a evitar inflamações que podem causar o câncer. A ingestão diária de fibras recomendada é de 25 a 30g e as frutas e verduras devem estar presentes em porções de 2,5 xícaras.
5 – Praticar atividade física
Dentre todos os benefícios para o corpo e mente, em geral, a atividade física regular auxilia na movimentação dos intestinos, acelerando o trânsito, reduzindo a distensão abdominal e o desconforto da formação de gases. O recomendado para adultos é 150 minutos por semana de exercício aeróbico moderado a intenso ou 75 minutos em alta intensidade ou a combinação dos dois, preferencialmente divididos ao longo da semana.
Crianças de até cinco anos devem ser fisicamente ativas e se mover ao longo do dia (cerca de 3 horas diárias). Dos 5 aos 18 anos é indicado praticar, pelo menos, 60 minutos por dia de atividade física moderada a intensa, sendo a maioria exercícios aeróbicos.