Segundo informações colhidas por nossa reportagem somente em quatro Boletins de Ocorrência (B.O.) atribuidos a golpes cibernéticos, confeccionados na DP de Quedas do Iguaçu (centro sul paranaense), os prejuízos das vítimas chegam a mais de 70 mil reais

A tecnologia de hoje é uma de nossas principais ferramentas do dia a dia, facilitando as nossas vidas como nunca imaginamos. Porém onde há facilidade a também possibilidade de pessoas mau intencionadas agir com golpes causando prejuízos considerável para as vítimas. O JE fez um pequeno levantamento sobre essas ações que se utilizam da ingenuidade das pessoas para extorquir dinheiro.

Notas falsas de 200 reais circulam na região

No início desta semana duas pessoas foram presas numa investigação bem sucedida da polícia  acusadas de passar notas falsas. O crime foi registrado na região sudoeste do Paraná na cidade de Salto do Lontra. Eles já haviam passado mais de mil reais todos em notas de 200 reais (logicamente com o mesmo número de série) ambos foram recolhidos a cadeia pública.

Perfil falso de mulheres nas redes sociais

Mas nem sempre os criminosos levam a pior, outro golpe está em alta, o de perfis falsos. Conversamos com um advogado que atua em Quedas do Iguaçu sobre o assunto e observamos que essa ação está acontecendo com frequência. Tudo começa com troca de mensagens entre uma suposta jovem que se “apaixona” pela vítima. Entre as conversas, troca de fotos (não raras vezes de nudez), quando outra pessoa entra em contato se dizendo ser o pai ou padrasto da menina e que irá denunciar a policia o acusando de pedofilia. No desespero a vítima entra no jogo dos meliantes que obviamente pedem dinheiro para não denunciar. O advogado (que prefere não se identificar por questões éticas) contou de pelo menos oito casos em que os indivíduos vítimados pelo procuraram sua ajuda, um deles chegou a ter vinte mil reais de prejuízo. Em outra situação parecida a vítima teve que conversar com sua família e antes de mandar o dinheiro falou com um advogado assim amenizou seus gastos. Em casos assim o melhor a fazer é manter a calma e procurar a orientação profissional ou ir a polícia assim que houver contato pedindo qualquer quantia de dinheiro.

Empresa de telefonia falsa

Nesse caso um relato da presidente da Associação Comercial de Quedas do Iguaçu, Silvia Paula Rigoni, no grupo da entidade com mais de 200 associados. Ela advertiu todos sobre  um pessoal ligando e dizendo que são da empresa de telefonia e que querem fazer atualização de endereço para deixar na lista online. ” Eles mandam esse “Contrato de configuração” (foto acima), afirmando que é gratuito, e que esses 300 reais é o valor que você pagou ano passado, através da conta telefônica. Daí pedem pra pessoa assinar e mandar de volta pra eles” contou Rigoni que “ficou enrolando” pra ver como o golpe funciona. No dia seguinte começam a ligar cobrando e ameaçando entrar na justiça. “É golpe, não aceitem” disse. “Eles me mandarem o email assim posso mostrar pra vocês como o golpe funciona. Já tentaram outras duas vezes comigo há alguns anos, então provavelmente é quadrilha antiga” a presidente finalizou pedindo para todos ficarem atentos e avisar os funcionários.

Golpe do presente

Nas festas de fim de ano outro golpe ficou famoso o do presente. O golpista chega na casa da vítima dizendo querer entregar um presente, mas, para isso precisa dos de documento com foto (pra saber se é quem diz ser) neste momento Ele fotografa a pessoa e os documentos e com isso com consegue assinar contratos virtuais de financiamento. Nunca entregue informações pessoais a estranhos.

Golpes cibernéticos estão cada dia mais comum sempre nas redes vemos pessoas que perdem suas contas no Instagram, Facebook e Watts quando não tem o número clonado, todo cuidado é pouco.

Conheça os principais golpes cibernéticos para ficar esperto em 2023

Pessoa Jurídica

Uma das fraudes mais recorrentes é o uso de empresas falsas para tentar obter dados pessoais ou financeiros. Não à toa, o período pós-pandemia registrou aumento de 43% em golpes envolvendo empresas, de acordo com dados da plataforma Business Trust, solução inteligente para análise de risco CNPJ, do hub de inteligência da ClearSale.

Neste tipo de ação criminosa, os golpistas geralmente se passam por instituições legítimas, como bancos ou lojas, e oferecem produtos ou serviços atrativos. Além de buscar coletar dados confidenciais do consumidor para aplicar outras fraudes. “Neste caso, é sempre importante pesquisar a credibilidade da empresa antes de fornecer dados ou fazer pagamentos”, alerta Marcelo Queiroz, head de estratégia de mercado da ClearSale.

Conta Laranja

Com a digitalização do mercado financeiro, os fraudadores também levantaram novas formas de burlar o sistema, principalmente em aplicativos com poucas etapas de segurança. Nos últimos meses, o termo Conta Laranja passou a ser destaque e consiste em criar contas em redes bancárias com dados roubados, em nome de terceiros, para uso exclusivo de fins criminosos, seja receber e movimentar dinheiro oriundo de fraudes, seja para servir como base para outros golpes.

“Muitas vezes, o próprio criminoso oferece dinheiro para recompensar os dados do consumidor, mas o golpe é muito mais sério. Por isso, indico sempre para o consumidor ficar atento quando alguém oferecer descontos ou dinheiro para ter acesso às informações confidenciais”, comenta o executivo.

Mercado de criptomoeda

O mercado de criptomoeda ainda carece de regulamentações e, por isso, fica à mercê dos fraudadores, que encontram facilidade em aplicar os golpes neste segmento. Além disso, com o aumento do número de investidores no setor financeiro, também cresceu o número de casos de fraude.

Um dos principais golpes no mercado de criptomoeda é o esquema Ponzi, em que as pessoas são induzidas a investir em um esquema fraudulento que promete altos retornos, mas que acaba levando à perda de todo capital investido.

Segundo Marcelo, o investidor deve sempre desconfiar da garantia de altos retornos. “É importante não fornecer dados para pessoas desconhecidas e, inclusive, fechar negócio apenas com corretoras de sua confiança”, explica.

Pagamentos com Pix

Por fim, outra fraude que tem se tornado comum é o Golpe do Pix. O meio de pagamento é eficaz e prático, facilitando a vida de milhares de brasileiros. Mas, também, se tornou um dos principais alvos dos golpistas.

Os golpes aplicados via Pix consistem no envio de pagamentos falsos para as vítimas, geralmente utilizando meios eletrônicos, como aplicativos de mensagens, a exemplo de WhatsApp e Messenger. Os criminosos costumam se passar por empresários ou funcionários de organizações legítimas e oferecem pagamentos pelo serviço prestado.

“O maior problema neste método é que o cliente não tem como recorrer ao dinheiro perdido. Por isso, sugiro que os consumidores façam pagamentos via Pix apenas para empresas e pessoas de sua confiança”, finaliza o profissional da ClearSale.